Sou a briza que passa e alegra, mas também a ventania que vem e perturba, sou o dia, sou noite, tristeza e alegria, amor e ódio, tudo em uma mesma canção, numa mesma sinfonia.
Sou a rosa violeta, posso ser bela mas ao mesmo tempo espeto, não há como cultiva-la sem aceitar seus espinhos, eles são a proteção natural.
Sou bem e o mal, de mãos dadas, yin e yang, um lado completa o outro, não existe ninguém totalmente bom ou totalmente ruim, os dois formam o todo, que forma o ser.
Posso ser a chuva que cai e faz florescer ou a tempestade que varre tudo e leva com sigo para o mar os nutrientes da terra.
Sou tudo ou nada, não existe meios termos, ou me ama ou odeia-me, não existe gostar mais ou menos, é sim ou não.
Sou a mistura de tudo, o que sou as vezes nem sei, nem me reconheço, mas sou eu, esta ali estampado em minha alma, sou tudo que já vivi, tudo que já conheci, o que fiz e deixei de fazer, o que disse ou me calei. Sou pensamento, raiva, amor, sou o que sou, as viagens que fiz, os amigos que tive e tenho, tudo me forma e reforma, somos seres inacabados,imperfeitos, nos construímos a cada dia, a cada momento, a cada olhar, sorrisos e lágrimas.
Pegando um pouco do outro, deixando por onde passamos, é assim que nos construímos, dessa forma que nos encontramos, nos fazemos diferentes a partir de nós e dos outros.
Raysa Marcelino
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